Após sondagens de Inter e Santos, Fla recua e avalia permanência de Arão

Rubro-Negro admitia saída de volante, que perdeu espaço com ascensão de Jean Lucas no elenco, mas revê caso e trava negociação com o Colorado. Saída de Rômulo também não avança

Na reserva e com menos chances a partir da ascensão de Jean Lucas, o volante Willian Arão já esteve mais próximo de deixar o Flamengo. Depois de sondagens do Inter e do Santos, a diretoria ainda avalia o caso, mas, hoje, a saída do jogador se tornou improvável. O departamento de futebol quer tê-lo como opção num segundo semestre repleto de competições e decisões.

Arão foi titular absoluto do Flamengo no maior período nos últimos dois anos. Em 2018, perdeu a vaga de vez quando Paulo César Carpegiani estabeleceu o sistema com apenas um volante centralizado e quatro jogadores entre o meio e o atacante - Diego, Lucas Paquetá, Éverton Ribeiro e Everton (depois Vinicius Junior) fechavam o meio de campo. Barbieri manteve o esquema e preferiu o garoto Jean Lucas a Arão nas últimas partidas.

Com quatro saídas no primeiro semestre - Everton, transferido para o São Paulo, Ederson, em fim de contrato, e Felipe Vizeu e Vinicius Junior, vendidos -, a comissão técnica entende que Arão ainda pode ser importante, até pelo estilo versátil.

Volante dos juniores agrada

O Internacional, antes da chegada do ex-diretor executivo do Flamengo Rodrigo Caetano, procurou o Rubro-Negro e mostrou interesse em Arão. Era um nome que agradava ao treinador Odair Hellman. Já com Caetano, a negociação parecia que ia avançar, mas a diretoria do Flamengo recuou e não houve sinalização para as negociações prosseguirem.

Situação similar é a do volante Rômulo. Contratado no início de 2017, ele chegou valorizado ao Flamengo, mas não emplacou boa sequência. Hoje, ele está atrás de Cuéllar, titular absoluto, e de Jonas, que fez boas atuações nas ausências do colombiano. A dupla está suspensa para a primeira partida no pós-Copa, contra o São Paulo, no Rio de Janeiro, e Rômulo deve ganhar nova chance. Houve também algumas sondagens pelo volante, mas o alto salário dificulta a saída.

O Flamengo chegou a fazer contatos para tentar Walace, mas ainda a contratação, além de não ser fácil, não está entre as prioridades do clube. Contratações de atacantes - de lado e centroavante - preocupam o Rubro-Negro. A comissão técnica ainda vê com bons olhos a promoção de Hugo, capitão do time campeão da Copinha e Carioca neste ano.

Sub-19 é campeão de torneio na Itália, e base soma quatro troféus gringos em 2018

A base do Flamengo conquistou o quarto título internacional em 2018. Na noite deste sábado, o time sub-19 venceu o Atalanta por 3 a 1 e conquistou o 42º Trofeo Dossena, disputado na cidade italiana de Crema.

Os gols na final foram marcados por Vitor Gabriel (duas vezes) e Wendel. Antes disso, a base rubro-negra havia sido campeã em Dallas, Dubai e Áustria). A temporada ainda registrou títulos no sub-20, a Copa São Paulo e o Estadual.

Mais um para a conta: sub-19 do Fla é campeão na Itália (Foto: Divulgação)

A campanha na Itália foi exemplar. Em cinco jogos, foram duas vitórias (na estreia contra o Cremona e na final contra o Atalanta) e três empates (Genoa, Cremonese, que era o bicampeão da competição e Chievo Verona). Além da campanha invicta e do título, os Garotos do Ninho retornam para o Brasil com duas premiações individuais: o centroavante Vitor Gabriel foi eleito o MVP da final e Hugo Souza, o melhor goleiro da competição. Além disso, o atacante Wendel foi eleito o melhor jogador do Mais Querido no torneio.

Com seis expulsos, Palmeiras e Flamengo ficam no empate na arena

Willian abre o placar, mas Thuler iguala. Nos acréscimos, desentendimento entre Dudu e Cuéllar dá início a uma confusão generalizada

• BOM JOGO E CONFUSÃO
• DESTAQUECOMO FICA?
  O resultado é favorável ao líder Flamengo, que vai para a paralisação para a Copa do Mundo com 27 pontos, quatro acima do São Paulo. Além disso, mantém um adversário direto a oito pontos de distância. O Palmeiras perde a chance de se aproximar e sobe para 19, na sexta colocação. CLIQUE AQUI e veja a tabela completa do Brasileirão!
• DESTAQUEENTENDA A CONFUSÃO                                                                                                  No fim da partida, um desentendimento entre Cuéllar e Dudu deu início a uma grande confusão entre os jogadores dos dois times. O atacante do Palmeiras se revoltou ao sofrer uma falta e partiu para cima do adversário. Com a chegada dos outros atletas, o tumulto aumentou. Entre muito bate-boca, Jailson agarrou Jonas pelo pescoço e depois foram contidos. O saldo foi de seis expulsos pelo árbitro Bráulio Machado: Jailson, Dudu e o reserva Luan, pelo Verdão; Cuéllar, Jonas e o reserva Henrique Dourado, pelo Rubro-Negro (veja a confusão no vídeo abaixo).
• DESTAQUEPRIMEIRO TEMPO                                                                                                                O Palmeiras encurralou o Flamengo no início da partida e não demorou a criar lances de perigo. Willian, aos quatro, exigiu linda defesa de Diego Alves. No minuto seguinte, o Bigode só completou desvio de Bruno Henrique e abriu o placar. Depois do gol, o Verdão diminuiu o ritmo e permitiu que o Rubro-Negro melhorasse gradativamente. Vinicius Junior ganhou praticamente todas de Marcos Rocha e deu início ao lance que Everton Ribeiro quase empatou. Jailson espalmou.
• DESTAQUESEGUNDO TEMPO                                                                                                          Assim como na etapa inicial, o Palmeiras voltou do intervalo sufocando, mas esbarrou em ótimas defesas de Diego Alves após finalizações de Willian e Edu Dracena. Quando atacou, o Flamengo foi fatal, aos nove. Thuler subiu nas costas de Thiago Martins e cabeceou para empatar. Logo em seguida, Vinicius Junior teve a chance para virar, mas Thiago Martins tirou antes que a bola entrasse. Everton Ribeiro também levou perigo ao bater colocado bem perto da trave. Nos acréscimos, uma confusão generalizada resultou em seis expulsos. Entre eles, Jailson, obrigando Moisés a ir para o gol. Por sorte do Palmeiras, o árbitro Bráulio Machado encerrou a partida pouco tempo depois.
• DESTAQUEFALHOU                                                                                                                             Não deu muito certo a ideia de homenagear a seleção brasileira antes da partida entre Palmeiras e Flamengo com a frase “rumo ao hexa”. Com o público menor do que se imaginava na arena, nem todos os espaços nas arquibancadas foram preenchidos.
• DESTAQUEFELIPE MELO X VINICIUS JUNIOr                                                                              Antes da confusão nos minutos finais, o jogo esquentou depois de uma falta do volante do Palmeiras em Vinicius Junior na linha lateral. O banco de reservas do Flamengo pediu a expulsão do jogador, mas o árbitro aplicou cartão amarelo. Também irritado, Felipe passou a discutir com os adversários e até mesmo o técnico Mauricio Barbieri (veja o lance abaixo).
• DESTAQUEOLHO NELE!
• Lucas Paquetá passou por uma situação inusitada no primeiro tempo. Depois de uma disputa de bola, a lente de contato do jogador saiu do lugar, e ele recebeu atendimento médico. O objeto precisou ser trocado. Para colocá-lo novamente, o jogador usou o reflexo do vidro que separa o campo das arquibancadas da arena do Palmeiras (veja no vídeo abaixo).
• DESTAQUEFIM DA SÉRIE INVICTA
• O gol de Willian no primeiro tempo acabou com a sequência do goleiro Diego Alves de seis partidas sem sofrer gols. O último havia sido no empate por 1 a 1 com o Vasco, dia 19 de maio, pelo Campeonato Brasileiro.

Adeus com vitória

Em jogo de despedida de Vinícios Junior do Maracanã, Flamengo vence o Paraná e reafirma a liderança. Sorriso, festa e lágrimas: Fla bate o Paraná em possível adeus de Vinicius e homenagem da torcida.

Com Maracanã lotado, Diego e Felipe Vizeu - de saída para a Itália - decidem partida, e Rubro-Negro abre seis pontos na liderança; Vinicius Junior não segura lágrimas

O Flamengo fez 2 a 0 no Paraná e abriu seis pontos de vantagem na liderança do Brasileirão. Mas o resultado ficou em segundo plano para os quase 60 mil torcedores presentes no Maracanã. Os holofotes se viraram para Vinicius Junior, que não marcou, mas foi o protagonista da noite. Durante os 90 minutos em campo (que podem ser os últimos do garoto diante dos rubro-negros no estádio), ouviu pedidos para permanecer no clube, criou jogadas de perigo e viu Diego e Felipe Vizeu - que também se despede - decidirem a partida. Após o apito final, o tradicional sorriso no rosto misturado com as lágrimas de emoção.

Fla bate o Flu, vence mais uma e abre cinco pontos na liderança do Brasileirão

Em alta velocidade, Rubro-Negro joga melhor, se aproveita dos desfalques do Tricolor e engata terceira vitória seguida

PAQUETÁ

Outro jovem que virou referência no time de Maurício Barbieri é Lucas Paquetá. O camisa 11 regeu o time com dribles e bons passes. Os dois gols passaram por ele: no primeiro, desvio providencial para a chegada de Marlos, que sofreu o pênalti que Dourado bateu para abrir o placar. No segundo, achou Éverton Ribeiro com inteligência, e o meia colocou Vizeu na cara do gol para matar o jogo.

VINICIUS JUNIOR

A joia rubro-negra mais uma vez mostrou ser a referência do Flamengo em campo. Com dribles desconcertantes, muita velocidade e passes inteligentes, Vinicius Junior deixou a zaga do Fluminense de cabelo em pé. Por conta de suas jogadas, também, um irritado Renato Chaves foi substituído no intervalo. Sem os três zagueiros de costume, o Flu virou presa fácil e o jovem jogador teve mais espaço. Apesar disso, diminuiu o ritmo junto com a equipe, exceto pelos dribles, que lhe valeram uma boa dose de faltas recebidas. O grande jogador do Flamengo no jogo.

O JOGO

Diante de um Fluminense enfraquecido por desfalques, o Flamengo imprimiu ritmo veloz desde o início. O triunfo por 2 a 0, com gols de Henrique Dourado e Felipe Vizeu, mostrou bem o que foi o jogo: um Rubro-Negro organizado, bem estruturado e cirúrgico dentro da área, contra um Tricolor combalido e inofensivo no ataque. Com grandes atuações de Vinicius Junior e Lucas Paquetá, o Fla abriu cinco pontos na liderança e chegou à terceira vitória seguida no Brasileirão.

1º TEMPO

O Flamengo começou a partida em ritmo acelerado. Na velocidade, o Rubro-Negro imprimiu pressão ao Flu logo nos primeiros minutos, cansando o time de Abel Braga, que errava passes quando tinha contra-ataques. Melhor em campo, o Fla logo abriu o placar com Henrique Dourado, ao seu estilo, em pênalti de Marlon em Marlos Moreno. Dali até o fim da primeira etapa, uma atuação soberba. Tanto que Vinicius Junior e Paquetá não cansaram de dar dribles desconcertantes, irritando a defesa tricolor. O único erro claro foi do juiz Dewson Freitas da Silva, que ignorou cotovelada de Rodinei em João Carlos no fim do primeiro tempo.

2º TEMPO

Após um péssimo primeiro tempo, Abel Braga mexeu por atacado no intervalo. Saíram Renato Chaves - que se estranhava com Vinicius Junior - e Sornoza, o pior do Flu nos 45 minutos iniciais, e entraram Pablo Dyego e Matheus Alessandro. Quando parecia melhorar no jogo, Abel perdeu Pablo e precisou colocar Robinho. Mais uma vez, o camisa 17 irritou a torcida tricolor com a falta de esforço e sua displicência. Em uma bola perdida por ele, o Fla, que controlava a partida com melhor posse e uma boa dose de cêra, engatou contra-ataque e em linda tabela de Paquetá com Éverton Ribeiro, matou o jogo com o oportunista Felipe Vizeu, escorando no segundo pau.

Flamengo vence Corinthians e abre quatro pontos na liderança do Brasileirão

Vizeu entra no lugar de Dourado no segundo tempo e decide jogo no Maracanã

LÍDER DE RESPEITO

O Flamengo venceu o Corinthians por 1 a 0 na tarde deste domingo, no Maracanã, e disparou na liderança do Campeonato Brasileiro. O único gol do jogo foi marcado por Felipe Vizeu, aos 34 minutos do segundo tempo.

Independentemente dos jogos que restam para completar a nona rodada, o Fla manterá quatro pontos de vantagem para o segundo colocado. O Timão, que começou a rodada na terceira posição, saiu do G-6           

PRIMEIRO TEMPO 

NOS PRIMEIROS 30 MINUTOS QUASE SÓ DEU FLAMENGO. ATACADO POR TODOS OS LADOS – RODINEI PELA DIREITA, DIEGO-VINICIUS JUNIOR PELA ESQUERDA E PAQUETÁ PELO MEIO –, O CORINTHIANS SÓ FEZ SEGURAR A PRESSÃO. A POSSE DE BOLA RUBRO-NEGRA BATEU EM 83%, MAS, COM MUITOS CRUZAMENTOS PARA A ÁREA, NÃO VIROU GOL.

• Foi justamente aos 30 que o Timão chegou com mais perigo, em chute de Jadson de fora da área, e o jogo mundou. O meia alvinegro sentiu a parte posterior da coxa direita e teve que sair. Roger passou a ocupar a área adversária, com Rodriguinho mais recuado, e as ações se equilibraram.
  
• SEGUNDO TEMPO 
  A volta para a etapa final mostrou um panorama parecido: mesmo sem o ímpeto do início do jogo, o Flamengo jogava no campo de ataque. A questão era que a maioria das jogadas parava em Henrique Dourado. Aos 22 minutos, o centroavante deixou um cruzamento passar: foi a senha para a torcida rubro-negra se irritar de vez.

  Maurício Barbieri chamou Felipe Vizeu no mesmo instante e fez a troca no comando de ataque. Osmar Loss também tentou mudar, com Marquinhos Gabriel no lugar do Pedrinho, mas continuou pressionado. Aos 34 minutos, Walter fez grande defesa em chute de Paquetá, mas a bola sobrou para Vizeu abrir o placar.
  
  
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Líder, Fla busca velho estilo, mordendo e criando, e tem ponto de equilíbrio em Renê

Após jogos com pouca posse de bola, time de Barbieri comanda as ações com muita marcação no meio de campo e entrosamento crescente. Lateral faz papel duplo

E exigente por natureza, o torcedor do Flamengo que olha um dos elencos mais caros do Brasil, com resultados positivos atrás de resultados positivos nas finanças, tem paciência curta até para empate contra o forte River Plate na Argentina. Mas é esse time, de amadurecimento crescente, debaixo de cobranças e, às vezes, desconfiança, que faz boa campanha no Brasileiro de 2018 e retoma a liderança com a vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, no Maracanã.

Na temporada, são apenas quatro derrotas – só o Sport (PE) perdeu tão pouco. Em 20 das 31 partidas do ano o time saiu de campo sem ser vazado. E em apenas sete oportunidades saiu de campo sem marcar gols, aponta o levantamento do site Futdados.com. O que isso significa?

Bom, para começo de conversa, trata-se de um time regular. Pode não ser intenso – como foi o primeiro tempo, em contraste com a segunda etapa que passou impressão de estar com o “pé no freio” – e nem brilhante - quem é no futebol atual? -, mas tem sido eficiente.

Vinicius e Paquetá: os corredores

Curiosamente, o sistema de jogo, desenhado lá atrás pelo ex-treinador Paulo César Carpegiani, foi adaptado por Mauricio Barbieri e depende de um jogador que era tão contestado até pouco tempo. Renê fez outra ótima partida contra o Bahia.A capacidade de cobertura em lances que os meias não alcançam os adversários, o tempo de bola para cortar passes e lançamentos e a leitura de jogo para deixar a lateral - ora fechando espaços pelo meio de campo, ora infiltrando na diagonal para procurar o passe – encaixam o time de Barbieri.

Para a equipe funcionar, Barbieri exige marcação forte no meio de campo. Vinicius Junior, de 17 anos, e Lucas Paquetá, 21, correm uma barbaridade - de acordo com números do site “WhoScored”, Vinicius combateu oito vezes no meio de campo, Paquetá, seis. A intensidade de início de partidas do Flamengo se deve muito a eles. Contagiam jogadores mais cadenciados, como Diego e Éverton Ribeiro.

O camisa 10, por sinal, fez grande jogo. Saiu um pouco de suas características e deu mais velocidade nas articulações da jogada. Ribeiro, mais solto, flutuando mais, contribui para abrir espaços e girar a bola contra defesas fechadas.

Se contra o River Plate e o Atlético-MG a bola passou longe dos pés do Flamengo, com saldo de um empate e uma vitória, contra o Bahia o Rubro-Negro chegou a ter a bola 80% do minutos do primeiro tempo. A volta para recuperar a bola está mais coordenada – com efetiva participação de todo o time.

Barbieri ainda dá tímidos sinais de mudanças quando substitui Henrique Dourado. Um time que voltou a jogar com toques ligeiros e lances rápidos têm prescindido da procura pela “referência”, do “camisa 9”. Contra o Bahia, Jean Lucas entrou. Em 10 minutos em campo tocou 10 vezes na bola – duas a menos que Dourado, que ficou em campo por 80 minutos.

O treinador do Flamengo sabe que vai precisar de Dourado em jogos com outras características. Jogador de área, ele não cabeceou uma vez contra o Bahia - mas se esforçou para finalizar na bola que Paquetá quase marcou em cobrança de escanteio. Barbieri tem poucas opções para mexer na posição. Lincoln, mais leve e com bom entrosamento com Vinicius, ainda aguarda sua vez na fila. Talvez o próximo passo de Barbieri seja ser mais incisivo na busca por alternativas.