Céu de brigadeiro: Flamengo chega ao Rio e desembarque ocorre sem tumultos

Nada de pipocas ou café. O Flamengo chegou ao Rio de Janeiro em paz com a torcida na tarde desta segunda-feira. Depois do tumultuado embarque para Fortaleza na sexta - onde o clube venceu o Ceará por 3 a 0 -, a delegação rubro-negra desembarcou no aeroporto do Galeão e foi bem recebida pelos torcedores.

Um dos mais criticados na última sexta e também depois dos empates com o Santa Fe, pela Libertadores, Diego conversou com a imprensa nesta segunda. Autor do terceiro gol no domingo, o camisa 10 disse que a intenção de comemorar com a torcida foi para exibir o carinho que ele tem pelo Fla.

- Eu já comemorei daquela forma algumas vezes, no Maracanã e também na Ilha do Urubu. Eu procurei demonstrar o meu carinho pelo clube e pela torcida. Ontem foi uma vitória muito importante, um gol num momento excelente e isso me deixa muito feliz e satisfeito.

Diego comemora o terceiro gol do Flamengo na galera (Foto: Futura Press)

Quem também parou um pouco para conversar com a imprensa no desembarque, foi o colombiano Cuéllar. O autor do belo passe para o primeiro gol do jogo, de Vinicius Junior, contou da decepção que o elenco teve com a represália que recebeu de alguns torcedores no embarque para Fortaleza e fez questão de elogiar a postura de Diego, o maior alvo das críticas.

- Obviamente foi muito difícil. Eu fiquei um pouco triste, mas às vezes isso acontece. Foi um momento difícil pra nós, mas conseguimos reverter dentro de campo, que foi o mais importante. O Diego é um cara experiente e demonstrou isso ontem. Fez gol e foi comemorar com a torcida. Ele sabe lidar com isso e com certeza é um grande jogador.

Torcedor abraça Diego no Castelão e comemora: "Melhor que abraçar minha esposa!"

Quando Diego fez o terceiro gol do Flamengo sobre o Ceará, atravessou o campo correndo e foi para os braços da torcida na arquibancada da Arena Castelão. Quando avistou o ídolo indo em sua direção, Wallacy Ribeiro tentou sacar o celular para registrar o momento. Não conseguiu. Diego voou nos braços da massa rubro-negra. Entre vários abraços, Wallacy, espremido, só conseguiu "bater" no bumbum do ídolo. E fez questão de dizer isso em entrevista à TV Verdes Mares (no vídeo acima, a partir dos 5:30). E disse mais.

- Abraçar Diego foi melhor do que abraçar minha mulher quando eu chegar em casa! Se ela estiver assistindo, meu amor, eu te amo, mas Diego é mais bonito! Eu peguei na bunda de Diego! Eu peguei na bunda de Diego! - exclamou.

Encontrou Wallacy na foto? É o sorridente ao lado esquerdo de Diego (Foto: Futura Press)

A declaração na TV fez sucesso. Wallacy voltou para casa, em Mossoró, para reencontrar a esposa. A entrevista exclusiva para o GloboEsporte.com/ce foi feita por telefone. Quando questionado se a esposa sabia da declaração, Wallacy disse que ainda não tinha falado e sugeriu colocar o telefone no viva-voz para que a própria pudesse ouvir a história pela primeira vez. Surpresa, ela riu.

- E eu nem te conto! Foi ela quem pagou a minha ida para esse jogo - revelou.

- Que eu tinha perdido para o futebol eu já sabia, mas que eu tinha perdido para os jogadores aí é novidade - brincou a esposa Polyanna.

- Mas você veja! Que homem é Diego! - brincou Wallacy.

Torcedor abraça Diego no Castelão e comemora: "Melhor que abraçar minha esposa!"

O sonho de ver o Fla

O casal está junto há seis anos. De casamento, quase dois anos e meio. Flamenguista desde 1992, ano do nascimento, Wallacy foi para Fortaleza de ônibus em caravana com muitos outros flamenguistas de Mossoró. A esposa custeou a viagem. Ao todo, entre passagem e ingresso, o custo chegou a cerca de R$ 200. Foi a primeira vez que viu o Flamengo jogar ao vivo.

- Na televisão eu já tinha visto várias vezes, mas ao vivo, nunca! Foi o primeiro jogo que eu vi. Aqui em Mossoró no estádio cabem três mil pessoas. Vão 600 para os jogos. Você imagina quando cheguei no Castelão para um jogo de mais de 53 mil pessoas. Eu estou emocionado até agora.

Fla não se impõe e empata diante do Santa Fe na Colômbia; arbitragem gera polêmica

Jogo em Bogotá fica no 0 a 0 e é marcado por muitos erros e pouca objetividade do time de Barbieri. Juiz não marca pênalti para colombianos e termina jogo durante ataque rubro-negro.

• O JOGO
  

  Talvez tenha sido a atuação menos objetiva e mais desorganizada do Flamengo na temporada. Em um jogo que poderia encaminhar a importante classificação para as oitavas da Libertadores, o Rubro-Negro passou mais sufoco do que criou oportunidades. Apático e errando acima do normal, o placar em 0 a 0 pode ser considerado até lucro para o time do técnico interino Maurício Barbieri.

  
  

  Na Libertadores, a equipe volta a jogar no dia 16 de maio, diante do Emelec, no Maracanã. Na última rodada, a equipe visitará o River Plate, em Buenos Aires, dia 23 de maio. 
  
  

  
  

  
  
• DESTAQUEPANORAMA DO GRUPO
  

   O Flamengo, por ora, segue na liderança do grupo 4, com seis pontos. Nesta quinta-feira, o River Plate, com cinco pontos, recebe o Emelec na Argentina. O Santa Fe tem quatro pontos, enquanto os equatorianos seguem na lanterna, com apenas 1.

  
  

  O Rubro-Negro ainda depende de si mesmo para a classificação. Mas, para não precisar torcer para resultado algum, necessita de pelo menos uma vitória e um empate nos dois últimos jogos. Contra Emelec (casa) e River (fora).
  
  

  
  

  
  
• DESTAQUEPÊNALTI NÃO MARCADO
  

  O Flamengo teve lampejos de bom futebol no primeiro tempo, mas não conseguia sequer trocar bons passes. A pressão e a intensidade estavam do lado do Santa Fe. Não fosse a falta de capricho dos atacantes, o time da casa poderia ter aberto o marcador. Pajoy e Plata buscavam intensidade pelas pontas, dando muito trabalho. 

  
  

  Aos 33 minutos, o juiz Daniel Fedorcuzuk errou ao não marcar um pênalti para o Santa Fe. Em mais uma chegada dos colombianos na área, a bola tocou no braço de Henrique Dourado. Mas o árbitro uruguaio mandou seguir. 
  
  

  
  

  
  
• DESTAQUEFLA VOLTA AINDA PIOR NO SEGUNDO TEMPO
  

  Maurício Barbieri optou por manter o time que vinha jogando mal após o intervalo. Só mexeu no time aos 26 minutos da etapa final. O Flamengo voltou tomando pressão. O Santa Fe, no entanto, era pouco eficiente. Chegava com frequência, levantava bolas na área e continuavam dando sustos. Mas faltava capricho por parte dos donos da casa. 

  
  

  O Rubro-Negro, por sua vez, parecia satisfeito com o empate. Recuado, tentava encaixar contra-ataques, mas errava até os passes mais simples, sem conseguir executar boas jogadas. 
  
  

  
  

  
  
• DESTAQUEPOLÊMICA NO FINAL
  

  Ao fim do jogo, jogadores do Flamengo reclamaram da arbitragem. No último lance do jogo, Geuvânio roubou bola na entrada da área, foi para cima e mandou para o fundo da rede. Mas juiz já tinha apitado o término da partida. A zaga do Santa Fe, inclusive, havia parado na jogada. Os rubro-negros, no entanto, ficaram na bronca.

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